Algumas coisas são mesmo incríveis! Vezes por outra me pego tendo certos pensamentos meio... metafísicos diria. Sim, me pego pensando em coisas como a que vou escrever hoje: você sabe o que você é?
Eu disse, a parada é muito metafísica. Não quero me colocar numa posição de “Olhem como eu sou um pensador!”, (apesar de muita gente pensar que eu sou assim). Mas a parada é que, cada vez mais observo como os grupamentos humanos vão deixando de ser grupamentos humanos. É certo e sabido que, devido ao novo modelo de sociedade em que vivemos, nos tornamos cada vez mais individualistas. Isso é um fato. Mas o que me preocupa hoje é como deixamos de ser classistas e ficamos só individualistas. Explico.
Outrora, em tempos primevos, só conseguimos nos tornar a raça que nos tornamos porque nos unimos e formamos as primeiras tribos agricultoras. Os nômades se fodiam procurando recursos no deserto e vários grupos sedentários, aproveitavam os recursos que as cheias de rios e outras terras proporcionavam. O tempo foi passando e, por causa da exploração capitalista, formamos sindicatos para defender nossos interesses de classe. Éramos metalúrgicos, professores, operários de fábricas têxteis e etc.
Hoje, por causa do mesmo sistema capitalista, ou por meio do sistema capitalista, só conseguimos pensar no nosso próprio umbigo. Só pensamos em ter. Nunca mais pensamos em SER. Eu sei que esse é um discurso batido demais. No entanto, o que eu acho que hoje mudou, é o fato de que, além de não pensarmos mais em ninguém, a não ser em nós mesmo, não pensamos mais em nada.
Os individualistas agora são os burros que conseguem tudo. Ou seja, antes, ouvíamos das nossas mães para estudarmos bastante se quiséssemos ser alguém na vida. Hoje em dia, quanto menos uma pessoa sabe, mais ela consegue. Seja em programas de besteirol como o Pânico, que alguns domingos atrás, deu uma casa pro tal de “Zina”. Pode dizer o que você quiser, mas ganhar uma casa só porque, um dia apareceu na TV e disse... “Ronaldo! Brilha muito no Coríntians!” è demais! Daí em diante, virou febre. Ou então, você escreve uma carta para um programa qualquer, chora bastante sua miséria e ganha tudo novo. Não precisa fazer mais nenhum esforço.
E aos poucos, o conhecimento vai ficando relegado a segundo plano. Sou professor, muitos sabem, e vejo, a cada dia que passa, um “emburrecimento” dos jovens, que não se preocupam com mais nada que se relacione com o seu país, ou com o bairro em que vivem. Ninguém consegue mais se indignar com as pequenas coisas que deixam de acontecer e prejudicam a sua vida, como por exemplo, se o lixeiro não passa na sua rua há mais de uma semana. Para a maioria, isso é normal, depois se resolve e ninguém mais cobra nada de ninguém.
Antes que isso vire um sermão, por favor, nunca abandonem ideais. Sei que eles não pagam contas, mas tornam você ser o que você é. Vivo numa crise financeira do cacete. Mas, sendo músico, ainda não sucumbi ao desejo de tocar com qualquer banda de pagode ou axé ou funk por aí. Só para ter um cascalhinho e continuar dizendo que sou músico.
Inté mais!
Eu disse, a parada é muito metafísica. Não quero me colocar numa posição de “Olhem como eu sou um pensador!”, (apesar de muita gente pensar que eu sou assim). Mas a parada é que, cada vez mais observo como os grupamentos humanos vão deixando de ser grupamentos humanos. É certo e sabido que, devido ao novo modelo de sociedade em que vivemos, nos tornamos cada vez mais individualistas. Isso é um fato. Mas o que me preocupa hoje é como deixamos de ser classistas e ficamos só individualistas. Explico.
Outrora, em tempos primevos, só conseguimos nos tornar a raça que nos tornamos porque nos unimos e formamos as primeiras tribos agricultoras. Os nômades se fodiam procurando recursos no deserto e vários grupos sedentários, aproveitavam os recursos que as cheias de rios e outras terras proporcionavam. O tempo foi passando e, por causa da exploração capitalista, formamos sindicatos para defender nossos interesses de classe. Éramos metalúrgicos, professores, operários de fábricas têxteis e etc.
Hoje, por causa do mesmo sistema capitalista, ou por meio do sistema capitalista, só conseguimos pensar no nosso próprio umbigo. Só pensamos em ter. Nunca mais pensamos em SER. Eu sei que esse é um discurso batido demais. No entanto, o que eu acho que hoje mudou, é o fato de que, além de não pensarmos mais em ninguém, a não ser em nós mesmo, não pensamos mais em nada.
Os individualistas agora são os burros que conseguem tudo. Ou seja, antes, ouvíamos das nossas mães para estudarmos bastante se quiséssemos ser alguém na vida. Hoje em dia, quanto menos uma pessoa sabe, mais ela consegue. Seja em programas de besteirol como o Pânico, que alguns domingos atrás, deu uma casa pro tal de “Zina”. Pode dizer o que você quiser, mas ganhar uma casa só porque, um dia apareceu na TV e disse... “Ronaldo! Brilha muito no Coríntians!” è demais! Daí em diante, virou febre. Ou então, você escreve uma carta para um programa qualquer, chora bastante sua miséria e ganha tudo novo. Não precisa fazer mais nenhum esforço.
E aos poucos, o conhecimento vai ficando relegado a segundo plano. Sou professor, muitos sabem, e vejo, a cada dia que passa, um “emburrecimento” dos jovens, que não se preocupam com mais nada que se relacione com o seu país, ou com o bairro em que vivem. Ninguém consegue mais se indignar com as pequenas coisas que deixam de acontecer e prejudicam a sua vida, como por exemplo, se o lixeiro não passa na sua rua há mais de uma semana. Para a maioria, isso é normal, depois se resolve e ninguém mais cobra nada de ninguém.
Antes que isso vire um sermão, por favor, nunca abandonem ideais. Sei que eles não pagam contas, mas tornam você ser o que você é. Vivo numa crise financeira do cacete. Mas, sendo músico, ainda não sucumbi ao desejo de tocar com qualquer banda de pagode ou axé ou funk por aí. Só para ter um cascalhinho e continuar dizendo que sou músico.
Inté mais!