quinta-feira, 11 de março de 2010

Falando de eleições

Como eu costumo dizer, depois de um longo e tenebroso inverno, cá estou eu, novamente, nessas mal fadadas linhas.

Na vastidão de assuntos que nesse momento povoam meu imaginário, não consigo fixar todos, mas uma coisa não posso deixar de registrar aqui.

Há alguns anos, mais precisamente, quando da reeleição do Molusco Presidente, (ou seria Presidente Molusco?), eu ministrava aulas num colégio do interior do estado do Rio de Janeiro, na cidade de Itaocara. Lá as coisas passam muito devagar. Nem mesmo os jovens, com seus hormônios em fúria, conseguiam se parecer com deliquentes juvenis. Pois bem, voltando à vaca fria, à época da reeleição, uma de minhas diretoras me perguntou do que eu achei sobre a reeleição do Presidente Molusco. Como eu detesto conversar sobre Política, não quis estender a conversa – pois minhas idéias naquela cidade sempre eram muito mal interpretadas – então, disse que, na verdade, a eleição de verdade só ocorreria em 2010.

Ela me olhou pensativa, como quem dissesse “esses professores de histórias adoram sair pelas tangentes”. Mal sabia ela que realmente era isso. Na semana seguinte, após ter assistido e/ou lido várias opiniões de outrem, ela me interceptou numa das escadas do colégio e disse: “é, realmente, você está com razão, as coisas só vão valer de verdade em 2010”. Depois de 32 anos de vida, ainda me assusto com analistas do óbvio.

O fato é que, na época, aquela era realmente a minha opinião, as coisas só seriam diferentes em dois mil e dez. No entanto, sem querer entrar em nenhuma controvérsia, acho que as eleições desse ano vão ser um saco! Das previsões que eu fazia, só me surpreendi com a candidatura da Marina Silva, que naquele tempo, ainda era Ministra do Meio Ambiente e com a indecisão do Aécio Neves. Na minha cabeça, ele seria o candidato do PSDB. Se alguém me convencer de que a imagem, tanto física, quanto política do José Serra, são as ideais para o país, eu me rendo.

Isso tudo sem falar do canhão, em todos os sentidos, chamado Dilma Rousseff. Empurrar aquele trambolho de mulher, goela abaixo do cidadão, foi uma das piores realizações pessoais do Lula Molusco. Dilma, além do fato inerente de nunca haver disputado um único pleito em sua vida, não é, nem de longe uma das pessoas mais tarimbadas em termos de carisma que um candidato precisa ter para uma maratona eleitoral. Antipática, feia, (assim como o José Serra), sem trato político – todas as vezes que foi interpelada sobre seu passado ou sobre seu presente, sai com respostas prontas e esquematizadas pela sua coordenação de campanha. Quando o interlocutor insiste no assunto, ela parte para a grosseria que é característica de um Marcelo Dourado do BBB10. Dizem as más línguas, que ela já fez ministros velhos de guerra chorarem ao telefone, se sentindo humilhados.

Por essas e tantas outras que ainda vão surgir até o dia 3 de outubro, mais uma vez não me sinto com a menor vontade de levantar meu rabo de onde ele estiver sentado, para ir até uma Zona Eleitoral e escolher o presidente do meu país. Sou sempre criticado por essa minha postura, mas e daí? Não posso ser obrigado a exercer um direito. É como se eu tivesse que beber água, sem estar com sede, só porque minha mãe me mandou beber água. Podem argumentar que ainda tem as eleições para deputados federais e estaduais. Aí eu lhe pergunto: você ainda tem vontade de procurar alguém que tenha a ficha limpa? Se tiver, aqui no blog tem um pequeno compêndio de crimes para você pensar melhor. E no caso dos governadores? Só se o Gabeira confirmar que vai concorrer. Acho que só me encorajo de votar nele mesmo e olhe lá!

Aguardemos os próximos capítulos...

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