quarta-feira, 29 de abril de 2009

Obrigado Darwin!

Há duzentos anos nasceu Charles Darwin. Não fosse por ter escrito, há 150 anos atrás, A Origem das Espécies, esse inglês anglicano, que queria ser pastor, dificilmente constaria nos anais da História e nos livros escolares. E é exatamente por constar nos livros escolares, que Darwin desperta, em proporções gigantescas, tanto admiração por sua teoria revolucionária, quanto ódio reacionário e conservador por ardorosos religiosos.


Sempre digo para quem quiser escutar que, meu maior medo, não é das pessoas más, de terroristas, ladrões, etc., meu maior medo é da ignorância. É ela que alimenta as idéias das tais pessoas más que morremos de medo. E, justamente, por sermos dotados de inteligência, de um crânio que se expandiu para comportar um cérebro mais complexo, capaz das mais infinitas possibilidades, é que me assusta o conservadorismo que vem tomando conta, seja no terreno científico, quanto nas escolas, em relação às idéias de Darwin.

Quando A Origem das Espécies foi publicada, a maior parte dos cientistas e a comunidade em geral, guiava-se, basicamente, pelas idéias contidas na Bíblia. Desde o século XVII, quando um certo James Ussher somou a idade dos profetas bíblicos e conseguiu fixar uma data para a criação do mundo (23 de outubro de 4004 a.C., de acordo com o calendário juliano), acreditava-se que a Terra tinha 6000 anos. Até Darwin temeu o que sua obra poderia causar. Sua esposa preocupava-se com a hipótese de ele ir para o inferno e ela ficar solitária no paraíso por toda a eternidade.

De lá para cá, podemos acompanhar regularmente, o combate feroz em que se lançam num ringue, defensores do Criacionismo e cientistas Evolucionistas.

Mas o que me preocupa em especial, porque me diz respeito, é quando fundamentalistas religiosos, procuram instituir o criacionismo dentro de sala de aula. Entender deus depende de cada um. Depende de uma boa quantidade de fé e, maior ainda, um grande discernimento do que é uma coisa e outra coisa. O que a maioria não consegue conceber é o fato de termos vindo de um ancestral comum, tanto para o homem quanto para o macaco. Quem diz que viemos do macaco, é ignorante. Somos uma raça e o macaco outra. Senão, não existiriam mais macacos. E é justamente nesse ponto, que muitos criacionistas não querem papo com evolucionistas: não conseguem aceitar que algo “perfeito” como o ser humano, tenha vindo de uma criatura “inferior” como um chimpanzé. Sem contar que, o homem, o macaco e um abacateiro, estão, praticamente empatados no que diz respeito à sua evolução. TODAS AS ESPÉCIES ESTÃO EM COSTANTE AVANÇO NA SUA EVOLUÇÃO!

Outra coisa muito importante é: a Bíblia não é um livro científico. É um livro com uma boa carga de poesias e metáforas. Sim, metáforas! E parábolas! Aquelas que a gente faz para contar a alguém sem muito conhecimento sobre algo, de uma maneira mais fácil e ilustrativa. Soma-se a isso o fato de que o ser humano só passou a produzir documentos escritos há pouco mais de 5000 anos. Só quando existe escrita existe História, o resto é tradição oral que, como bem sabe o senso comum, “de conto em conto, cada um aumenta um ponto”.

Lanço aqui, da maneira que me é permitida, um apelo a pais, filhos, amigos e pessoas em geral, que entendam: não trato de criticar o criacionismo, mas de deixar que o lugar dele seja onde sempre foi – a igreja. Lá é lugar para falar de deus e seus milagres, e obras e poderes e sabedoria e tudo mais. Fora do templo, os homens estão sujeitos às leis físicas da natureza, que precisam ser entendidas da forma mais clara possível. Principalmente porque, quando um resfriado chega, a primeira coisa que a gente faz é correr na farmácia para comprar um anti-gripal. Não fossem os estudos e o método científico, ainda estaríamos usando ervas milagrosas e olhando para o alto e pedindo para alguma coisa sobrenatural, fora de nossa compreensão, para curar-nos.

Em tempo, gostaria de divulgar uma coisa que é de muita importância para todos, inclusive para entender um pouco do que falei aqui. Zeitgeist, o filme (pronuncia-se zaigaist), o termo em alemão serve para designar o conjunto de conhecimentos de uma determinada época. Mas o filme vai além disso. Dividido em três partes, onde a primeira parte, é a que mais interessa para a complementação do raciocínio desenvolvido neste artigo. O resto trata de Teoria da Conspiração, mas não deixa de ser interessante, ver as teorias sobre o que aconteceu no atentado terrorista de 11 de setembro nos EUA. Seguem os links para quem quiser ver um bom filme e ficar um pouquinho encucado. (E nem fique mal de baixar o filme e distribuir para seus amigos, o objetivo dos produtores é esse mesmo: disseminar a verdade dos fatos)

Abraços e força sempre!

Bruno Daesse.




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