terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os Símbolos do Natal




Quem diria?



Fui convidado para dar uma palestra hoje, dia 08/12, sobre os significados e os símbolos do natal. Não esperava o convite. Nem esperava esse tema. Mas o artista, no caso, o professor tem de ir aonde o povo está.



Se você estiver de bobeira e quiser escutar minhas bobagens sérias, compareça à Rua Getúlio, 18 - Méier - Rio de Janeiro / RJ.



Mais tarde, depois da palestra, eu coloco os vídeos e os slides utilizados.



Abraços a todos

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quem fala o quer, ouve o que não quer!

Quem fala o que quer, ouve o que não quer!

A semana anda corrida com várias coisas. Tenho gravado. Ensaiado e trabalhado muito, por isso esse longo tempo sem um post. Vamos nesta!

Pra começo de conversa, eu não tenho nada a ver com o assunto que vou tratar. Mas como escrevo um blog e eu falo mal de muita gente, de muita banda, um dia posso ter problemas com gente que cultua certas personalidades que não passam de efemeridades.

Um certo jornalista chamado Alex Lopes, tem um blog em que periodicamente, dá porradas em algumas personalidades, principalmente as da Bahia, sua terra natal. Convenhamos, por questão de gosto, que muitas das coisas que saem da terra de Caetano e Caymmi, são, geralmente, muuuuuuuito chatas. Axé, o tal do reggaeton e demais variedades de ritmos.

De tanto falar mal da Cláudia Leite que, controvérsias a parte, faz tudo muito parecido com a Ivete Sangalo, a loira ficou putinha com as porradas do blogueiro e resolveu partir para a discussão com o cara. Veja o vídeo abaixo.




Aí você me pergunta: “Porra Bruno! O que você tem a ver com isso?!”. E eu respondo: “Tudo”. A questão é que, no Brasil, as pessoas parecem ainda não terem se acostumado com a existência de blog e páginas pessoais na Internet. Acredito que a maioria dos famosos gosta muito de receber elogios, como qualquer pessoa. Mas, de tanto que tantos inflam o ego dessas pessoas que vem e vão na nossa vida musical, os famosos ficam sempre putinhos quando alguém destoa da corrente pra frente e pra cima.

Defendo aqui, a manutenção da liberdade de expressão. Devemos e podemos, gerar qualquer tipo de conteúdo. Acredita nele quem quiser. Gosta dele quem quiser. Critica ele quem quiser perder seu tempo. Às vezes fico muito surpreso de não chegarem tantas críticas aqui nessa bagaça.

Enquanto as críticas e as pedras não vem, permaneço jogando as minhas pedras!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Favelas, Camarões e o Rio de Janeiro

Sei que o último post também foi sobre um filme. Mas me cocei, e não pude deixar de ver como Distrito 9 é a atual parábola para explicar a situaão do Rio de Janeiro.

O filme estreiou no Brasil na última sexta (16/10), Mas eu já o vi há um bom tempo, desde agosto. Mas, justamente agora, quando se discute ação policial, invasão de favelas e aumento do poder de fogo da criminalidade, o filme é muito importante para o nosso contexto.

Pra começo de história, a assinatura de Peter Jackson, o criador de "Senhor dos Anéis" nos cinemas, já é um bom cartão de visitas. Segundo, mesmo sendo um diretor estreante, Neill Blomkamp, soube muito bem o que fazer com os 30 milhões de dólares que recebeu para fazer a película: filmou em uma verdadeira favela em Joanesburgo, África do Sul, contratou atores locais e desconhecidos e o resto gastou em efeitos especiais.

O que fica é uma impressionante história, com ritmo e jeito de documentário, sobre uma nave alienígena, que parou sobre os céus de Joanesburgo há 20 anos atrás, trazendo um problema enorme e inédito para a Terra. Solução: criar um espaço só para os aliens, ou "camarões" como são chamados no filme.

Quando a remoção desses "camarões" para uma outra área envolve Wikus van Werme, um simples funcionário de gabinete nas empresas no sogro, a temida WNU, as coisas mudam de figura e os alienígenas criados pela equipe de Peter Jackson, passam mais emotividade do que se imagina.

Portanto, em tempos onde favelas e invasões delas são o assunto do momento, corra para o cinema para ver Distrito 9.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Zona do Crime

Chegamos um tempo, como disse no post anterior, onde a maldade e a crueldade andam de mãos dadas e parece que não vão se separar. Evidentemente, se você não tem sangue de barata, é possível se indignar.

Nesses tempos de violência em que vivemos, provavelmente, chegaremos a nos igualar aos marginais. Arderá em nosso interior a vontade de fazer jusça com as próprias mãos. E por isso mesmo, é que esse filme, ou o trailer dele, está aqui.

Aclamado mundo afora no ano passado, "Zona do Crime" é um thriller mexicano que se passa dentro dos condomínios que oferecem todos os luxos e comodidades que todos querem. Oferece também toda a segurança e escapismo que quem pode pagar, pede para viver nesses lugares. Mas justamente, quando se pensa que a segurança habita dentro do lado de dentro, a violência se faz presente mesmo onde não se imagina: do lado de dentro.

À medida em que os meandros do crime são revelados, mais e mais convencidos ficamos de que lado está a verdade. Mas, como já dizia minha avó: "O Destino é uma velha esgasgada!"

Veja o Trailer, depois procure o filme e tire suas conclusões!

Banditismo por Necessidade?

Acho que é hora de eu agradecer porque estou vivo. Acho que é hora de eu agradecer por ter tido todas as oportunidades que minha mãe pôde me dar. Acho que é hora de agradecer por sempre gostar de estar dentro da escola. Hora de agradecer por ter tido professores que me ensinaram tanto, que me ensinaram a dar valor à vida. Agradecer aos livros que me deram um grande senso de moral, de ética, de história e tudo o que livros oferecem.


Camaradas que acompanham essa bagaça desse blog, eu sobrevivi ao dia 17 de outubro de 2009. Por mais exagerado que isso possa ser. Quem, em todo mundo, ou mesmo no Brasil, acompanhou as imagens que as diversas redes de televisão exibiram, não sabe o clima de medo que se instaurou no Rio de Janeiro, no último sábado.

Confesso que no domingo, revendo as imagens e escutando os editoriais de vários jornais, chorei. Sim, chorei. Antes que você possa me acusar de qualquer coisa, escute o que eu digo: a violência humana anda passando dos limites e isso me entristece demais. Todo mundo sabe que eu sou professor de história e pode argumentar que já vi coisas piores nos últimos 5000 anos. É verdade. Mas, todo mundo já ouviu falar da morte. Todo mundo sabe que vai morrer algum dia, mas mesmo assim, se desespera quando ela chega; ou para você, ou para alguém que você ama. Da mesma forma, eu sei que o ser humano mata. Mas ainda me entristeço quando ele planeja e executa a morte de outros seres humanos. Seja para continuar vendendo suas drogas, seja para impedir que outras pessoas possam impedir a venda dessas drogas.

Imagine-se acordando ao meio dia de sábado, com sua mulher dizendo que o café já estava pronto, que o amigo que dormiu na sua casa já foi comprar o pão e que bandidos fecharam a rua 24 de maio e a Avenida Marechal Rondon e derrubaram um helicóptero da Polícia Militar. Dá para imaginar? Pior que isso, só se você estivesse dentro da favela e escutando os tiros bem de perto e vendo as pessoas morrerem bem de perto.

Todas as honras aos policiais que, infelizmente, morreram nesse helicóptero. Vivo falando mal da Corporação, mas ninguém merece morrer no exercício da sua profissão, por mais arriscada que ela seja. Honras ao piloto do helicóptero que evitou uma tragédia em pleno ar ou que o helicóptero se espatifasse no chão ou nos prédios que existem perto da área onde ele caiu.

Dessa forma, queremos realmente sediar as olimpíadas!

O que me entristece é ver que as favelas são dominadas por indivíduos que não tiveram as oportunidades que eu tive. Mas os chefes desses indivíduos também fizeram as suas escolhas. E escolher fazer o mal, é falta de caráter, falta de moral, falta de ética, falta de humanidade.

E mais, sem querer entrar num outro campo, que eu nem vou tocar para não criar mais celeumas, se você é usuário de drogas, pense que é o seu dinheiro que financia todo o armamento que esses bandidos e criminosos carregam. A violência do Rio de Janeiro é muito mais que isso: é um tratado sociológico, antropológico, econômico e uma pós graduação na UFF de Segurança Pública. Não se resume a este post.

Oremos para que Deus possa sempre nos proteger!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

programa 05/10/09

Como Brian "Head" Welch não morreu!

Quem gosta um pouco de rock já ouviu falar alguma vez do Korn. No meado dos anos 90, com o fim da cena Grunge, o mercado fonográfico (ou pornográfico), precisava de um novo produto que atraísse adolescentes consumistas e ávidos por novidades. O nome desse novo produto era "New Metal". Apesar de todas as controvérsias, o Korn foi um dos pioneiros do novo estilo, que misturava guitarras com afinações baixas, caixa de bateria seca e roupas menos despojadas do que o Grunge e suas blusas de flanela. E um dos expoentes, em termos guitarristicos de tocar, foi Brian "The Head" Welch.

Exímio guitarrista de 7 cordas, inovador até para os mais técnicos como Stevie Vai, The Head foi responsável pela maioria das harmonias e arranjos de guitarra do Korn. Tão diferenciado que, hoje em dia, sem ele, seus fraseados são tocados em Playback.

Só que, em 2004/2005, a vida de Brian entrou numa espiral que muitos astros não conseguem sair: o trinômio "Sexo, Drogas e Rock and Roll". No caso dele, mais drogas de que qualquer outras coisa. Prdeu sua esposa para as drogas e estava quase perdendo a filha, porque não conseguia ficar sóbrio. Quando um dia, pediu aos céus uma resposta e se converteu.

O resultado está nos vídeos abaixo. Tire suas próprias conclusões.








FLUSH (Em breve eu traduzo)

Look at my face, - Olhe para mim,
I'm all sucked up - Estou exausto
I think I'll sleep all day - Achei que ia dormir o dia inteiro
I get the spins, - Minha cabeça gira
When my eyes are shut, - Quando meus olhos estão fechados
I hate feeling this way - Odeio me sentir assim

Flush all the puke I'm throwing up! - Estou vomitando em jatos
In the toilet this sucks! - No vaso sanitário é um saco!
Not a part of growing up! - Isso não é uma fase de crescimento
Only spoils it - Só atrapalha

Life is boring, - A vida é chata,
Same old story, - A mesma velha história
Get drunk, throw up, - ficar bêbado, vomitar,
Sleep all day, - Dormir o dia todo
I am something, - Eu sou alguém
I'm not nothing - Não sou um nada
I can't let myself decay - Não posso me permir me destruir

How did I get, - Como fui
Into my bed? - Parar na minha cama?
I don't remember anything - Eu não lembro de nada
How did I get - Como fiz
This bump on my head? - Esse galo na minha cabeça?
It could have come from anything - Pode ter acontecido de qualquer jeito

Flush all the puke I'm throwing up! - Estou vomitando em jatos
In the toilet this sucks! - No vaso sanitário é um saco!
Not a part of growing up! - Isso não é uma fase de crescimento
Only spoils it - Só atrapalha

Life is boring, - A vida é chata,
Same old story, - A mesma velha história
Get drunk, throw up, - ficar bêbado, vomitar,
Sleep all day, - Dormir o dia todo
I am something, - Eu sou alguém
I'm not nothing - Não sou um nada
I can't let myself decay - Não posso me permit me destruir

Tell me no gossip, - Não me conte fofocas
I don't wanna know - Eu não quero saber

Jimmy got caught, - Jimmy foi pego,
Smelling like beer, - Fedendo a cerveja,
By his mom and his dad, - Pela sua mãe e pelo seu pai,
He's grounded for a year - Vai de ficar de castigo durante um ano.

Lisa got popped, - Lisa foi multada
She got a DUI - Porque ela estava bêbada
She cussed out the cops, - Ela xingou os policiais
She's lucky she's alive - Ela tem sorte de ainda estar viva

Tell me no gossip, - Não me conte fofocas
I don't wanna know - Eu não quero saber

Pedro got jumped, - Pedro foi atacado
He's always starting fights - Ele sempre começava uma briga
Every time he gets drunk - Toda vez que ficava bêbado
It happens all the time - O que sempre acontecia

Reggie OD'd - Reggie teve uma overdose
From slamming heroin - De tanto usar heroína
He's not a dope friend - Ele não era o drogado da galera
He was trying to fit in - Só tentava fazer parte dela

Take me away - Leve-me embora
Please, oh no - Por favor, não
Life blows - A vida é um saco!

Flush all the puke I'm throwing up! - Estou vomitando em jatos
In the toilet this sucks! - No vaso sanitário é um saco!
Not a part of growing up! - Isso não é uma fase de crescimento
Only spoils it - Só atrapalha

Flush all the puke I'm throwing up! - Estou vomitando em jatos
In the toilet this sucks! - No vaso sanitário é um saco!
Not a part of growing up! - Isso não é uma fase de crescimento
Only spoils it - Só atrapalha
Life is boring, - A vida é chata,
Same old story, - A mesma velha história
Get drunk, throw up, - ficar bêbado, vomitar,
Sleep all day, - Dormir o dia todo
I am something, - Eu sou alguém
I'm not nothing - Não sou um nada
I can't let myself decay - Não posso me permit me destruir

Come on, get up, let's change! - Vamos lá, levante-se, vamos mudar!
Come on, get up, let's change! - Vamos lá, levante-se, vamos mudar!
Come on, get up, let's change! - Vamos lá, levante-se, vamos mudar!
Come on, get up, let's change! - Vamos lá, levante-se, vamos mudar!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Filme: Nome Próprio

Gostas de escrever? Gostas de Internet? Gostas de beber até as últimas consequências? Gostas de viver até as últimas consequências para viver teu sonho? Então você vai gostar de ver "Nome Próprio", filme de Murillo Salles, com Leandra Leal.

Além de tudo, é filme para quem tem blog e as merdas que o que a gente escreve pode causar. Fotografia e estética muito bonitas e dignas de filme bem feito. diferente dos enredos comercial e simples que normalmente se encontra por aí, patrocinados pela Rede Globo. Procure por aí, não vai ser difícil de achar.

Taí, agora você já tem livro e filme para o fim de semana. E amanhã ainda tem o programa de rádio do Barulho do Daesse que pode ser a trilha sonora do fim de semana também.

Quanta pretensão! Só eu mesmo!

Pronto para uma trilogia de tirar o fôlego?

O último livro que resenhei foi "Crônica de uma morte anunciada". No post dizia que é um livro para se ler de uma única vez, porque sua narrativa era destinada para isso. agora, e o que vc acha de ler um livro onde parar de ler é quase impossível?

Só dá para parar de ler "Os Homens que não amavam as mulheres", da trilogia Millenium, quando o sono bate e você tem que dormir, ou então, alguém te chama para fazer alguma coisa e você não consegue se desvencilhar.

Stieg Larsson, o autor do livro, morreu pouco depois de terminar o terceiro livro. Teve um problema de coração e aos 50 anos, deixou uma legião de fãs com um puta gosto de quero mais. Só que não vai ter mais.

Mikael Blomkvist é o editor chefe de uma revista de jornalismo econômico, a Millenium que sofre um grande revés ao perder um processo para um empresário fraudador. De outro lado, Lisbeth Salander é uma jovem de pouco mais de 24 anos, perita em espionagem e investigação pessoal, capaz de invadir qualquer segredo mais escondido de qualquer um.

Juntos, ou separados, só o decorrer e a leitura que você fizer vai dizer, eles vão descobrir uma trama que divide a história da Suécia ao meio e, personagens que nunca se imaginaram juntos, estão postos lado a lado, fazendo com que ao término de cada capítulo, você TENHA que iniciar o outro para entender o que acabou de acontecer.

É livro para "heróis de leitura", ou seja, aqueles que realmente gostam e apreciam passar mais de duas ou três horas, sentado ou deitado, lendo um livro sem ninguém nem nada te perturbar. E o melhor: ainda existem os volumes 2 e 3, para não colocar a cara na rua durante o fim de semana.

Deixe esse blog de lado e vá adquirir o seu.

Envelhecer e pensar

Por tudo o que vivi até agora, tenho 31 anos, descobri que eu acumulei tanto conhecimento, tem tanta coisa na minha cabeça e eu sempre me pergunto por quê. Hoje, essa foi a forma de botar pra fora só um pouco do muito que carrego. e tudo vai nesse blog. Eu nem sei o que as pessoas pensam sobre as asneiras que eu escrevo e falo – elas nem sempre comentam. Mas mesmo assim, hoje eu fiquei olhando um bando de jovens no bloco F da UERJ – hoje era um dia em que eles estavam celebrando a “Arte q luta”. Eu vi tantas coisas engraçadas, tanto discurso engajado, política transbordando pelos poros...

Acho que naquele momento eu descobri que estava ficando velho, ou que, pelo menos, eu envelheci cedo demais. Na idade da galera que eu vi hoje, eu não fazia nada disso, eu estava trabalhando – aos 20 anos, eu já estava dando aulas. Antes disso, aos 14, eu acordava quatro e meia da manhã para vender jornal na rua. Não nasci em berço de ouro. Por isso, acho que não tive muita liberdade de usufruir da minha liberdade e escolher outras várias coisas que eu queria fazer. Aí, fui ser adulto.

No último post, eu falava sobre o quanto cada um só pensa no próprio umbigo. E aí, fica dicotômico demais ver tantos jovens, cheios de ideologias do século passado e retrasado, e no fim, eles se tornam o próprio inimigo que eles combatiam, ou a própria antítese do que combatiam. E fica a pergunta: do que vale tudo o que a gente defende por tanto tempo, se a imperiosa necessidade de TER dinheiro para SER alguém bate à porta e PLUTF?

Não sei o motivo de toda a verborragia desse post, mas como veio tudo isso à cabeça, olhando outras cabeças, e corações, saiu.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O indivíduo burro

Algumas coisas são mesmo incríveis! Vezes por outra me pego tendo certos pensamentos meio... metafísicos diria. Sim, me pego pensando em coisas como a que vou escrever hoje: você sabe o que você é?

Eu disse, a parada é muito metafísica. Não quero me colocar numa posição de “Olhem como eu sou um pensador!”, (apesar de muita gente pensar que eu sou assim). Mas a parada é que, cada vez mais observo como os grupamentos humanos vão deixando de ser grupamentos humanos. É certo e sabido que, devido ao novo modelo de sociedade em que vivemos, nos tornamos cada vez mais individualistas. Isso é um fato. Mas o que me preocupa hoje é como deixamos de ser classistas e ficamos só individualistas. Explico.

Outrora, em tempos primevos, só conseguimos nos tornar a raça que nos tornamos porque nos unimos e formamos as primeiras tribos agricultoras. Os nômades se fodiam procurando recursos no deserto e vários grupos sedentários, aproveitavam os recursos que as cheias de rios e outras terras proporcionavam. O tempo foi passando e, por causa da exploração capitalista, formamos sindicatos para defender nossos interesses de classe. Éramos metalúrgicos, professores, operários de fábricas têxteis e etc.

Hoje, por causa do mesmo sistema capitalista, ou por meio do sistema capitalista, só conseguimos pensar no nosso próprio umbigo. Só pensamos em ter. Nunca mais pensamos em SER. Eu sei que esse é um discurso batido demais. No entanto, o que eu acho que hoje mudou, é o fato de que, além de não pensarmos mais em ninguém, a não ser em nós mesmo, não pensamos mais em nada.

Os individualistas agora são os burros que conseguem tudo. Ou seja, antes, ouvíamos das nossas mães para estudarmos bastante se quiséssemos ser alguém na vida. Hoje em dia, quanto menos uma pessoa sabe, mais ela consegue. Seja em programas de besteirol como o Pânico, que alguns domingos atrás, deu uma casa pro tal de “Zina”. Pode dizer o que você quiser, mas ganhar uma casa só porque, um dia apareceu na TV e disse... “Ronaldo! Brilha muito no Coríntians!” è demais! Daí em diante, virou febre. Ou então, você escreve uma carta para um programa qualquer, chora bastante sua miséria e ganha tudo novo. Não precisa fazer mais nenhum esforço.

E aos poucos, o conhecimento vai ficando relegado a segundo plano. Sou professor, muitos sabem, e vejo, a cada dia que passa, um “emburrecimento” dos jovens, que não se preocupam com mais nada que se relacione com o seu país, ou com o bairro em que vivem. Ninguém consegue mais se indignar com as pequenas coisas que deixam de acontecer e prejudicam a sua vida, como por exemplo, se o lixeiro não passa na sua rua há mais de uma semana. Para a maioria, isso é normal, depois se resolve e ninguém mais cobra nada de ninguém.

Antes que isso vire um sermão, por favor, nunca abandonem ideais. Sei que eles não pagam contas, mas tornam você ser o que você é. Vivo numa crise financeira do cacete. Mas, sendo músico, ainda não sucumbi ao desejo de tocar com qualquer banda de pagode ou axé ou funk por aí. Só para ter um cascalhinho e continuar dizendo que sou músico.

Inté mais!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Programa do dia 25/09

Demorou muito. Desde cedo fazendo o programa e depois tentando fazer o upload do arquivo. Como eu mesmo digo durante o programa "deu trabalho", mas você vai escutar.
Hoje eu viajei pelo Brasil procurando por bandas que não são famosas, nem alcançaram o estrelato. O resultado está aqui!



quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Teatro para quem precisa!

1º FESTIVAL DE ESQUETES BALAIO CARIOCA
NOVEMBRO DE 2009
19, 21 e 28 de novembro de 2009
19h
A Cia de Teatro Balaio Carioca está organizando o 1º Festival de esquetes Balaio Carioca que será realizado no mês de novembro de 2009.
Local: Auditório de Eventos da Igreja Batista Carioca.
Rua Getúlio, 18 – Méier – Rio de Janeiro
. Auditório com capacidade para 500 expectadores;
. Palco acarpetado de 10m X 4m em dois níveis;
. Ar condicionado central;
. Cortinas e coxias;
. Iluminação, som e projeção multimídia;
. Salas de ensaio e Camarim;
. Banheiros;

1 – Objetivos do 1º Festival de esquetes Balaio Carioca:
. Incentivo à cultura através de arte interpretada;
. Promoção de um evento para divulgação dos trabalhos das Cia’s teatrais;
. Promoção de um evento de cultura para o Méier e grande Méier, área que está carente de arte e cultura;
. Divulgação da Cia Balaio Carioca e dos seus projetos de influência na sociedade e entre os estudantes.
. Execução do Plano P.E.A.C.E

2 – Quem pode participar?
Grupos de teatro do Rio e Grande Rio (escolas, igrejas e Cia’s Teatrais)
Grupos de teatro do Brasil (escolas, igrejas e Cia´s Teatrais)
obs: não haverá hospedagem, translado, alimentação ou algo do gênero, responsabilidade da Cia Teatral classificada.

3 – Inscrições:
As inscrições estão abertas e poderão ser feitas até o dia 20 de outubro de 2009, das seguintes formas:
1. Entrega em mãos: todas as terças de setembro e outubro, até o dia 20 das 19h às 22h – Rua Getúlio, 18 – Méier
2. Entrega em mãos: dia 20 de outubro das 10h às 22h – Rua Getúlio, 18 – Méier
3. Pelo correio:
. Rua Gustavo Riedel, 231
. Engenho de Dentro – Rio de Janeiro – RJ
. CEP:20730-010
. Aos cuidados de Carlos Alexandre dos Santos
. Envelope contendo:
* Ficha de inscrição (modelo abaixo);
* Autorização do responsável (em caso de menor de idade no elenco);
* Autorização de uso de imagem e voz de cada integrante do elenco;
* Comprovante de depósito identificado no valor de R$ 30,00 (Trinta Reais) por texto ou peça, em nome de:
. Luciano Malheiros – cpf: 021809027-78 – ifp: 09588470-6
. Banco: Bradesco
. Agência: 3249-2
. C/C: 0141313-9
* 2 (duas) cópias do texto;
* Sinopse;
* Dvd ou vídeo no Youtube, com a gravação da peça (podendo ser ensaio).

MODELO DE FICHA:
. Nome do grupo ou Cia:
. Nome da peça:
. Duração:
. Nº de integrantes:
. Atores: (nome, nascimento, nome artístico)
. Direção:
. Nome, telefone e e-mail do responsável pelo grupo:

4 – seleção:
Serão selecionados 20 (vinte) Grupos/Cia’s, que serão divididos em 2 (dois) grupos para 2 (dois) dias de apresentações sendo classificados 3 (três) grupos por dia para a grande final com os 6 (seis) grupos classificados.

5 – premiação:
O grupo vencedor receberá troféu e o prêmio de R$ 1.000,00 (Hum mil reais) – Auditora: Mariana Barbosa Gomes da Silva – CRC: RJ-094602/O-0
e ocorrerá premiações com troféus e certificados para:
* segunda e terceira colocação;
* melhor ator;
* melhor atriz;

6 – regulamento:
a) As peças poderão ter no mínimo 10 (dez) e no máximo 15 (quinze) minutos de duração e NÃO deverão conter temas, cenas ou textos que ferem os valores cristãos.
b) Cada Grupo escolhido terá direito a 20 (vinte) minutos de ensaio geral no local do evento no dia e na hora a ser marcada pela produção do evento.
c) Está vetada a participação (na premiação) de membros ou alunos da Cia de Teatro Balaio Carioca.

7. Critérios de julgamento;
. Criatividade;
. Direção;
. Enredo;
. Figurino;
. Interpretação geral;
. Técnicas teatrais;

8 – resultado:
O resultado do evento será decidido por júri escolhido pela produção do evento, e será divulgado no dia da final.

9 – mudanças de regulamento:
Qualquer mudança no regulamento poderá ocorrer, caso a produção ache necessário, todos os representantes de Grupos/Cia´s serão devidamente informados.

10 – Patrocinadores:
Se você deseja patrocinar e ter a sua marca divulgada no evento, entre em contato com a coordenação.

11 – Público Pagante:
Será cobrado o ingresso no valor de R$ 5,00 (cinco reais) por dia, para aqueles que desejam assistir o Festival.

12. Cronograma:
Fique atento às datas e não perca os prazos:
. 20 de outubro – último dia para o envio da sua inscrição;
. 23 de outubro – anúncio das 20 peças classificadas via telefone, e-mail e site;
. 27 de outubro – reunião com os representantes das peças classificadas para sorteio e informações gerais.
. 19 e 21 de novembro – Festival de Esquetes – Etapa classificatória;
. 28 de novembro – Final das peças classificadas;
Maiores informações aqui no site ou pelos telefones:
. (21) 8824-3759 – Carlos Alexandre
. (21) 8833-4568 – Vasco Malheiros
. (21) 8537-0071 – Vinícius Zanon
. e-mail/msn: lucianomalheiros@hotmail.com
. e-mail/msn: atorviniciuszanon@hotmail.com
. e-mail/msn: carlos_alex.music@hotmail.com

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Gás de Pimenta para temperar a Ordem"

Poucas palavras, ou nenhuma delas me vem à cabeça facilmente para relatar tudo o que aconteceu no dia de hoje. Pela primeira vez, este blog adquire um tom confessional e relata o dia do escritor e mentor deste blog.


Não sei se todos sabem, mas sou professor de História. Trabalho na rede particular e... na Rede Estadual de ensino. Hoje, 08 de setembro, minha avó faria aniversário e se estivesse viva, colocaria as mãos na cabeça e se desesperaria como se desesperou quando em 92 viu a grade da arquibancada do Maracanã, se soltar e diversos torcedores caírem de um altura de mais ou menos 5 ou 6 metros. Ela se desesperou porque eu estava lá no Maracanã e hoje, se tivesse visto as imagens da televisão com certeza, e não sem motivo, colocaria as mãos na cabeça novamente e choraria enquanto eu não ligasse.


Numa manifestação pacífica e ordeira, professores da rede estadual realizaram passeata com destino à ALERJ (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro), para exigir um direito que já fora conquistado há 19 anos atrás: a manutenção dos 12% de reajuste salarial a cada 5 anos. No entanto, o que pude constatar ao vivo, é algo que a população das favelas do Rio de Janeiro, protesta há tempos: a violência característica da Polícia Militar. Jamais vou entrar no discurso de dizer que a Corporação é violenta como um todo. Porém, como já dizia Renato Russo na música “Veraneio Vascaína”, “Pobre quando nasce com instinto assassino/ Sabe o que vai ser quando crescer, desde menino/ Ladrão pra roubar, marginal para matar/ Papai eu quero ser policial quando eu crescer”. O que acontece é que, para muitos homens que vestem aquela farda e carregam a insígnia de policial militar, não importa cor, classe, profissão, se os indivíduos não estiverem dentro do limite de ordem que ELES querem, a porrada “estanca”, o pau come.


Hoje, dentro de uma manifestação legítima e pacífica, impuseram a retirada da categoria do meio da rua e quem não saiu foi atacado. Um companheiro foi agredido, agarrado e enquanto os outros tentavam impedir sua prisão, foram jogados contra nós, professores, bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e tiros com bala de borracha. Lamentável.


Mais uma vez, os professores são agredidos. Justamente nós, que lutamos a cada dia para tentarmos ensinar a cidadania e a ordem a jovens e adolescentes, somos vítimas daquilo que sofrem os alunos e seus pais que, em algum momento, tiveram que enfrentar a truculência de marginais de farda. Se nós, numa manifestação política, ordeira, reinvidicatória dos nossos direitos, passamos por isso, imagine o que não passam aqueles que não são reconhecidos como habitantes e cidadãos por morarem numa favela. Se nós, que temos o esclarecimento necessário para não criar agitação, tumulto e desordem para reivindicar nossos direitos, sofremos a repressão policial; imagine o que aqueles que, pelo simples fato de se reunirem para pedir justiça, podem sofrer?


Por essas e muitas outras que vou procurar relatar nos próximos dias, apóie a greve dos professores. Apóie nosso direito de querer manter um mínimo de dignidade no salário que recebemos, para poder garantir o mínimo que um cidadão merece: Educação e Ensino.


As fotos a seguir, foram feitas com a câmera de meu celular, que não possui uma boa resolução, mas relatam, cronologicamente, os acontecimentos desta tarde no centro do Rio de Janeiro, onde professores só pediram o que JÁ É seu direito.
Concentração na Candelária


Saída da Passeata às 14:00


Início da Passeata


Cruzamento da Av. Rio Branco com Pres. Vargas


Professores de várias partes do estado vieram


Esse senhor e sua cachorrinha, se juntaram a nós e foram até a ALERJ


Ocupando a rua Primeiro de Março, em frente ao Tribunal de Justiça


Chegada e ocupação das escadarias da ALERJ


Chegada da Tropa de Choque da PM


Dispersão do grupo de professores do meio da rua


Momento em que as bombas já haviam sido lançadas e todos estavam acuados


Um dos resultados: companheiro ferido com estilhaços de balas de borracha


Noite: a Assembléia decide manter a greve e protestar na próxima Quinta (10/09) em frente ao Palácio Guanabara

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

E se você soubesse que vai morrer?


Que graça tem em ler um livro cujo final você já sabe na primeira página do primeiro capítulo? eu respondo: TODA!

Escrito em 1981, "Crônica de uma morte anunciada" não é qualquer livro. Ao contrário de "Cem anos de Solidão" onde a saga dos Bundía se arrasta até o final como uma das obras máximas do Realismo fantástico da Literatura Latino Americana, "Crônica" é um livro "rápido", É MUITO DIFÍCIL NÃO CONSEGUIR LÊ-LO EM UM ÚNICO DIA!

Santiago Nasar, o assassinado anunciado, se carrega alguma culpa no cartório, ninguém sabe. Seus assassinos, nunca carregaram culpa pela morte que provocaram. Os habitantes do vilarejo, que sabiam, muito antes de Santigo, de sua morte, nada fizeram. E os poucos que fizeram, nada conseguiram mudar o fim que, desde o início, se sabe qual será.

Eletrizante em sua narrativa, fiel e real na descrição de TODOS os personagens, "Crônica" é capaz de te deixar sem fôlego e atônito com a violência e a realidade dos fatos. Mesmo o narrador, que esteve presente aos fatos, não consegue explicar o que aconteceu, tão pouco julgar cada pessoa envolvida no fim de Santiago Nasar.

Se você comprou, ou pretende comprar, o livro para ler neste feriadão que se aproxima, arranje mais um. Pois este vai passar tão rápido e batido que você vai querer mais, mas já acabou.

Boa leitura!

Abraços,

Bruno Daesse.

P.S.: Saia deste blog agora e vai ler alguma coisa! Nem que seja notícia da semana passada!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Respondendo


Muita gente me diz que nunca foi no meu blog, ou nunca viu nada, porque não entendeu nada. Simplesmente porque viu somente as figuras. "Mas é assim mesmo!" eu digo. Essa é uma estrutura diferente de fazer blog, utilizada por vários blogs na internet. Pelo Título, ou pela foto, você seleciona o que quer ver, ou escutar!

Só por isso fiz essa Postagem. Só para explicar uma coisa simples que muitas pessoas não se dão conta, ou não sabem.

Agora, estão todos avisados: BASTA CLICAR NAS FIGURAS!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Programa dia 10/08

Programa Novo!

Depois de muito tempo, saí falando como psicopata, Gripe Suína, Congresso da UNE, Sarney, Renan Calheiros e Collor. Sem contar o monte de Coveres que rolou!

Demorei, mas veio!

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VERSOS ÍNTIMOS

Como uma das propostas desse blog estúpido é, também se dedicar à poesia, aqui vão os versos que marcaram minha adolescência nas aulas de Literatura: Augusto dos Anjos e seus Versos Íntimos!


Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!


Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.


Toma um fósforo Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.


Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Coragem e Resitência

Ontem, trabalando de madrugada (sim, eu trabalho de madrugada!), pesquisando na Internet, encontrei o blog do Jean Willis. Quem? Não se lembra? Ele venceu a Edição no. 6 do BBB. Aliás, ele, o Diego Alemão e o Max, foram os únicos vencedores desse "jogo" que não eram pessoas xucras e sem o mínimo de instrução e cultura geral.


Pois bem, dei uma olhada no blog, vasculhei algumas coisas que ele escreve. Quem viu o programa sabe que ele é professor universitário e homossexual assumidíssimo. Por isso mesmo, resolvi copiar o texto e colocá-lo aqui, até para dar um suspiro a mais no assunto, visto que os cães ladram, a caravana passa, mas algumas coisas permanecem a "lesma lerda"!


Coragem e resistência

Aviso: texto grande que só pode ser entendido quando lido até o fim
Para Tico Santacruz, Nizo Neto, Vera Damato, Henrique Blecher e Fuca.

Eu não gosto de futebol. Perdoem-me os amigos e conhecidos que gostam deste esporte e/ou o pratica (em especial, Marcelo do Blogol), mas, eu detesto futebol. E este detestar não é gratuito nem deixa de ser recíproco. Na verdade, ele (o detestar) é reativo: o futebol me rejeitou antes de eu começar a detestá-lo: ainda criança, com mais ou menos oito anos de idade, nas poucas vezes em que tentei me aproximar do futebol, percebi que o meio não tolerava a presença de meninas nem de meninos diferentes (sim, uma criança de mais ou menos oito anos pode não se identificar ou se perceber como um homossexual, mas, com certeza, já se percebe com um diferente). E dessa intolerância do futebol em relação às meninas e aos “meninos que se parecem ou agem como meninas”, faziam parte os xingamentos, as humilhações e surras.
Como forma de sociabilidade masculina (entendam como “sociabilidade masculina” a vida dos homens entre si), o futebol é fundamentalmente misógino (ou seja, é avesso às mulheres ou à presença delas, como mostram o deboche e a indiferença dos torcedores e patrocinadores para com o futebol feminino, ainda que muitas jogadoras sejam melhores que muitos ronaldos, adrianos e robinhos da vida) e homofóbico, ou seja, o futebol repousa igualmente na exclusão da homossexualidade. Os xingamentos e expressões usados por torcedores e jogadores para desestabilizar e humilhar os adversários – “time de viados”, “clube de boiolas”, “baitola”, “frango”, “chupa pau”, “vá tomar no cu” e etc. - mostram que a masculinidade se constrói e se afirma publicamente contra a homossexualidade.
Nesse sentido, o futebol é igual às Forças Armadas; é igual ao Exército Brasileiro, que, na última quinta-feira, dia 25 de setembro (2008), por meio da Justiça Militar, condenou o sargento Laci à prisão por deserção. Para quem não se lembra, o sargento Laci é um dos dois militares que se assumiram gays na capa da revista Época (o outro é seu companheiro, Fernando Alcântara de Figueiredo). O sargento Laci foi condenado porque se assumiu; porque revelou o que todo mundo sabe, mas, não diz: que nas Forças Armadas, assim como no futebol, há também “viados”, “boiolas”, “bonecas”, “quem dê o cu” e “chupe pica”. Ao se assumir gay, o sargento Laci mostrou que os homossexuais estão aptos a cumprir qualquer função na sociedade, inclusive a defesa da mesma.
Embora o futebol e as Forças Armadas proscrevam a homossexualidade das relações que prescrevem a jogadores e soldados, há tanto no futebol quanto nas Forças Armadas uma espécie de erotismo homossexual generalizado.
Os sargentos Laci e Fernando são exemplos de coragem e resistência. Mas, é preciso lembrar – como já o fez a ensaísta norte-americana Susan Sontag - que a coragem e a resistência não têm valor em si mesmas, pois um canalha que xinga ou espanca em público um homossexual não deixa de ser corajoso. É o conteúdo da coragem e da resistência que determina seus méritos. Coragem e resistência só têm valor quando correspondem a princípios morais e éticos, ou seja, quando correspondem ao bem e ao amor. Por isso é que posso dizer que os sargentos Laci e Fernando são exemplos de coragem e resistência.
Sim, agir e resistir por princípios. É o que faço desde que ouvi a primeira ofensa; o primeiro xingamento; a primeira injúria pelo fato de eu ser um menino diferente. Resistir, sim, pois, de lá pra cá, as ofensas nunca cessaram, mesmo depois que as audiências se identificaram comigo no BBB. As injúrias contra os homossexuais nunca acabam e elas se expressam de formas variadas: das piadas grosseiras das comédias em pé às agressões físicas, passando pelo fechamento de portas de acesso a trabalhos.
Por isso, alguns de nós agimos e resistimos. E faz parte dessa resistência a identificação dos gays com as mulheres e aversão dos “sapatões” aos homens heterossexuais. Os gays têm motivo para se identificarem com as mulheres (ainda que uma ou outra “bicha” seja misógina): ambos são vítimas dos efeitos perniciosos da dominação masculina. As lésbicas, principalmente as mais masculinizadas, por sua vez, não têm motivo algum para se identificar com os machos que as detestam tanto pelo fato de elas serem mulheres diferentes quanto pelo fato de elas gostarem de mulheres (ou seja, de serem concorrentes dos machos na arte da conquista amorosa).
Resistir por princípios morais e éticos à opressão (e, às vezes, à caridade) dos que nos detestam é o que nos restam. Se eles nos querem mortos ou calados, terão que ralar muito para conseguir. E eu me lembrei agora de uns versos de Mário Quintana - meu poeta preferido porque generoso com o leitor – versos que me comovem: “Da vez primeira que me assassinaram/ Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.../ Depois, de cada vez que me mataram,/ Foram levando qualquer coisa minha/ (...) / Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada! Ah! Desta mão, avaramente adunca/ Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada”.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Porque eu odeio religião!

O vídeo trata de muitas coisas que passam nas cabeças das pessoas constantemente. Fazendo-as terem uma falsa ideia do que é ter uma religião, ou, do que é ser cristão. O Dalai Lama diz: o importante não é ter uma religião, o importante é ter religiosidade. Ou seja, o sentimento de comunhão com Deus.

Bem, sem mais me alongar, deixo vocês com Mark Driscoll.


E se você pudesse passar um Fim de semana com Deus?

Essa é a primeira vez que faço a resenha, ou release, de um livro. Mas esse merece um pouco de atenção então... por que não?

Imagine-se saindo para um final de semana tranqüilo com seus filhos, para acampar e fazer coisas que pais e filhos fazem juntos. Quando dois dos seus três filhos, sofrem um acidente e quase morrem afogados, você consegue ser o herói e os salva. Mas a terceira, que ficou na margem do rio, simplesmente some. E não ficou vestígio nenhum, só um broche de joaninha, que é a assinatura de um serial killer de crianças.

Como você se sentiria?

Essa é uma das premissas de “A Cabana”. Eu disse UMA. Porque a outra é: e se você pudesse passar um fim de semana com Deus e pudesse jogar na cara dele sua ineficiência? Ou como ele deixa tantas pessoas sofrerem? Ou mesmo, poder dizer todas as verdades e raivas que você sente em relação a pessoa do Todo Poderoso?

O que você faria?

Sem contar as participações de Jesus e do Espírito Santo. Por mais que por esse release o livro possa parecer, piegas ou “livro para crente ler”, não entre nessa. Mackenzie, o personagem principal, é como eu e como você, humano. E deus, muito diferente que as pessoas estão acostumadas a ver na Bíblia e que causa uma “repulsa”muito grande em grande parte das pessoas.

Jesus Cristo é, de longe, o cara mais maneiro da história toda, é ele quem dá pano para manga. E torna a história muito divertida.

Mas, é só. Cada pessoa, que faz parte do meu “Círculo do Livro”, teve reações diferentes ao livro. Se você se interessar em ler, deixe seu comentário nesta bagaça depois que terminá-lo. Sempre existem experiências diferentes.

Abraços.

P.S.: Desligue o MSN, pare de ler este blog e vai ler um livro!

sábado, 8 de agosto de 2009

A Marula

A Marula (Sclerocarya birrea) (skleros dura, karya noz - referência ao miolo dentro da casca) é uma árvore de tamanho mediano, originária do bioma das savanas da África do Sul e da região da África oriental, caracteriza-se por um tronco único acizentado e uma copa de folhas verdes, podendo atingir cerca de 10 metros de altura em baixas altitudes e pradarias abertas, típicas da savana. A planta é dióica (possui flores masculinas e flores femininas separadas), perene e sua flores são pequenas, de cor vermelha, emitidas no início da primavera. Por serem dióicas, para que ocorra a frutificação, há necessidade do plantio de plantas femininas e masculinas no mesmo pomar. Os frutos podem ser ovóides ou globosos, e contém polpa suculenta, doce-acidulada e uma semente, bastante conhecida pelo seu uso no licor da marca Amarula®, produzido através da fermentação de seu suco. A distribuição das espécies através da África seguiram a migração do povo Bantu, por ter sido um importante item da sua dieta desde os primórdios.

Usos
• O núcleo da semente é rico em proteína e gordura, com um sabor de nozes, constitui uma boa fonte de alimentação se consumida diretamente.
• As frutas são comumente comidas frescas ou preparadas em sucos, geléias e licores - sendo entre estes o mais conhecido o da marca Amarula® (alcoólico).
• O óleo de marula feito a partir do núcleo da semente, é usado na África como protetor antioxidante da pele.
• Pode ser usado na fabricação de combustível etanol.
• A casca da árvore pode ser usada no tratamento e na profilaxia da malária.
• O chá das folhas da marula podem ser usados no tratamento de má-digestão.
• A fruta da marula é também fonte de alimentação de vários animais na África meridional, por exemplo: elefantes, javalis e macacos.

Amarula é um licor, preparado do creme ou da fruta da marula, da árvore africana maruleira (Sclerocarya birrea), particularmente a árvore também é chamada de elephant tree (árvore do elefante) ou marriage tree (árvore do casamento). A árvore cresce na savana africana (região da África subequatorial) e não é cultivada pelo homem. A Amarula passou a ser comercializada em 1989. A bebida possui um sabor suave semelhante ao caramelo. Pela associação da árvore da marula com elefantes, o fabricante fez do elefante o símbolo da marca comercial e suporta um programa de conservação destes animais, veja[1].

O Amarula no Brasil é uma bebida prestigiada por jovens que em sua maioria têm pouca resistência a bebidas de mais alto teor alcoólico, como o Whisky ou a Cachaça; a Amarula - nascida em 1989 - tem como consumidores pessoas com requintado gosto por bebidas; diz-se que não causa dores de cabeça no dia seguinte ao consumo de grandes quantidades da mesma.

Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Marula

Agora veja o que acontece com o consumo em excesso!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

CURSO BÁSICO PARA IDIOTAS


Não, meus caros amigos, não quero ofender ninguém. Nem quero dizer que, de repente, me tornei uma alma tão caridosa que vou ensinar às outras pessoas como ser um completo idiota. Mesmo porque, o mundo está repleto deles, e eles já nascem prontos e não precisam de preparação alguma. E é justamente com essa premissa, que quero começar.

Estou com umas poucas semanas de defasagem sobre o assunto, mas nos dias 20 e 27 de julho, duas segundas-feiras, o CQC, esse pequeno frescor de programa na TV brasileira, exibiu no seu quadro CQTeste, respectivamente, Valeska Popozuda e Toni Canaã. Clique nos nomes para ver se eu estou mentindo. Bem, sinceramente, eu não sei definir a ocupação profissional da senhora Valeska:“frentista”? “cantora”? “modelo”? “prostituta”? “exibida”? Sei lá. Fato é que a referida senhora, das cinco questões apresentadas, só conseguiu acertar duas. Pelo amor dos meus filhinhos! Como já diria o querido Silvio Luiz. Não sabia o que o homem de lata queria pedir ao Mágico de Oz. Acho que qualquer pessoa que se preze, que beira os 30 anos, ou tem entre 25 e 30 anos, já deve ter ouvido falar desse filme que marcou uma geração inteira. E ela ainda queria ser Ministra da Educação como canta em uma de suas músicas.

Daí, eu e minha digníssima esposa, pensamos: deveria haver um curso básico de cultura geral. Ou seja, um curso que instruísse bucéfalos e acéfalos, sobre alguns ícones e assuntos da cultura pop para que, pessoas como eu e você, que lê esse Blog, não fique sem fazer uma determinada brincadeira. Como, por exemplo, agir como o Slot. (Ganha uma bananada e uma paçoca quem souber quem é esse).

Agora, já sobre Toni Canaã, seria um exercício de mais do mesmo falar sobre ele. Mas a questão dele é um pouco pior. Além de amargar o último lugar do quadro com -107 de pontuação, o digníssimo piloto de Fórmula Indy, não sabia nenhuma questão que lhe foi apresentada. O sujeito tira onda que mora nos Estados Unidos, sabe quem é a Courtney Love, mas nem sabia que ela já tinha casado. Não sabia onde os jogos olímpicos de 2012 iriam ser realizados. E só acertou porque sopraram para ele. Então... dá um tempo!

Existem pessoas que realmente precisam saber um pouco de tudo. Você pode me perguntar: que diferença isso faz? Eu respondo: TODA! Afinal de contas, na hora de puxar assunto com alguém na fila do banco ou em qualquer fila, você pode variar, ao invés de falar sobre o tempo. Até para não ser chamado de acéfalo ou um ignorante completo.

O que deveria ter nesse curso de cultura geral? Você entender um pouco, pelo menos, das coisas que acontecem no seu país. Valendo prêmio deste Blog: Qual político maranhense, foi eleito senador pelo estado do Amapá? Quem sabe? A resposta vem com uma série de notícias ruins para o nosso país.

Boa sorte!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A Era do Amadorismo



Muito se tem falado, na atual “pós modernidade”, da explosão de blogs, Twitters, You Tube e tudo mais. As críticas se resumem no fato de, agora, todos são produtores de conhecimento e conteúdo. E se você está lendo o meu blog, significa que eu também estou arrolado neste processo.

É verdade. É a mais pura verdade! Mas o que é ser amador? Será que um profissional também não é um pouco amador na sua profissão? Quantas vezes encontramos sujeitos que mal sabem falar, andar e até respirar e fazem o maior sucesso?

E é justamente aí que mora o X da questão: até a explosão da “bolha” da Internet, as pessoas ficaram confinadas e sujeitas ao “domínio” de “formadores de opinião”. Pessoas ou grupos de, que selecionavam aqueli que era o “melhor” conteúdo para ser assistido, ouvido, aplaudido. Agora, você tira suas próprias conclusões. E os exemplos não são poucos.

Quando se fala de música, o negócio chega a ficar cômico. Pensemos. Quantas vezes só tomamos conhecimento de determinado artista ou grupo musical, vendo um clipe – que foi pago para ser feito e para ser exibido – ou escutando uma música no rádio – que foi paga para ser tocada. E esse determinado artista acaba sendo empurrado e repetido tantas vezes, que você acaba achando que ele é palatável e caindo no seu gosto. Pronto! O trabalho dos formadores de opinião está feito! Leia-se: conseguimos vender nosso produto.

No entanto, se você for uma pessoa com o mínimo de inteligência e força de vontade, basta sair procurando qualquer blog que ofereça disco de toda parte do mundo ou ter programas como Emule, Lphant, Limewire que compartilham arquivos com pessoas de todo o mundo e daí por diante ir fazendo conexões com os outros milhões de blogs e pessoas que oferecem esse tipo de serviço. Isso claro, se você não quiser fazer parte da chamada “pirataria virtual”. Porque esses cd’s foram adquiridos de alguma forma e disponibilizados para download. Como eu não ligo para isso por um motivo óbvio: para mim só interessa ter uma vasta discoteca dos mais variados estilos e com músicas que eu goste.

Se formos de falar de filmes, o buraco é o mesmo. Procure Torrents para usar nos programas que já mencionei, ou catar outros blogs que também já disponibilizam o filme completo, com legendas e tudo mais. Sem falar que muitos são especializados em séries de TV e você pode baixar todas as temporadas e todos os episódios sem pagar um absurdo de caro nos boxes que custam o olho da cara e só saem quando você já nem é mais tão fã assim.

No entanto, comecei falando da produção de conteúdo. Muitas pessoas colocam vídeos com suas “apresentações”, seus próprios clipes quando têm uma banda, fazem um programa de rádio como eu faço com o Barulho do Daesse, etc. E o que mais incomoda as pessoas é justamente isso: as ferramentas estão disponíveis, se ninguém usá-las, ficam obsoletas e estaremos atendendo ao desejo daqueles que criticam os “formadores de conteúdo independente”.

O principal argumento dessas pessoas é que muitas vezes, muitas fezes vão parar na rede, prejudicando muitas pessoas, prejudicando a carreira de um artista, ou que muita coisa nem é tão relevante assim. Porém, a discussão deve se dar em duas frentes: primeiro, realmente existe muito conteúdo ruim. Mas que pode ser uma maravilha e uma obra de arte para outra pessoa. Segundo, o fato de existir tantas pessoas disponibilizando, por exemplo cd’s e músicas e filmes, se dá pelo alto preço que se paga por esses produtos.

Quando um dos últimos discos do Rappa saiu, perguntaram ao Falcão como podia o cd custar algo em torno de 30 Reais, quando o salário mínimo girava em torno de 300 e alguma coisa, ou seja, o cd custava 10% do salário mínimo. Ele gaguejou , titubeou e não deu uma resposta convincente. E é aí que está um dos principais argumentos para a pirataria: o preço das coisas.

Quanto à músicas, vídeos e afins que circulam pela rede, ora bolas, antes para se conseguir gravar um disco, era preciso enviar uma fita ou cd demo (de demonstração) para a gravadora para eles aprovarem e analisarem se aquele material seria “vendável”. E quantas bandas e artistas já vimos se apresentando por aí, que são bons e nunca vimos um cd deles tocando no rádio ou à venda?

E a lista pode se estender para os livros, para programas de tv – porque também dá para produzir um programa dentro de casa, foi assim que o programa Hermes e Renato começou. A lista é quase infinita.

Portanto, continue baixando seus filmes e discos sem culpa. Faça upload de seus vídeos e programas sem achar que ele é ruim. Quantos programas de televisão você odeia há mais de 10 anos e ele continua no ar? Não é porque você não gosta que ele não foi retirado da grade, é porque existem outras pessoas que adoram. Você só precisa encontrar, ou não, quem gosta do que você está produzindo. Faça como este blog, minhas bobagens estão no hiperespaço, quem sabe um dia um estudante na Mongólia aprende português e se diverte com o que eu estou falando? Ter um fã é melhor do que não ter nenhum.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Obra por acabar - P. 2

OBRA POR ACABAR

Às vezes eu queria ser pobre um dia. Porque ser pobre todo dia é foda!

Não ligue se pareço grosseiro. Mas, de uns tempos para cá, nesses lados dos trópicos, na minha casa, as coisas costumeiras que antes me tiravam da merda, já não tiram mais.

Não me vejo mais feliz apenas com o sorriso de minha esposa,nem com o abraço do meu filho. Aliás, quem são esses? Quem é minha esposa? Aquela que um dia disse me amar e que agora nem atende meus telefonemas? E meu filho? Um dia ele foi o garoto que fiz questão que jogasse bola pelo Fluminense, que dedicasse sua vida ao futebol, nem me importava se ele estudava ou não.

Vida que todo dia é a mesma merda, sempre é tudo igual; sem dinheiro, sem trabalho, para piorar, ainda mais morando nessa favela. Não vim morar aqui porque quis, como aquele jogador de futebol, não tive outra alternativa. Essa favela que um dia foi minha favela, onde eu corria descalço, soltava pipa, brincava de pique... hoje é a casa amargurada de onde nunca consigo sair. Por causa das dívidas que contraí – que vão do jogo às drogas – tinha que sumir de todos os meus credores.

Nem todos os meus esforços me levaram pra longe daqui. Tentei mudar. Tentei ser uma pessoa que realmente fizesse a diferença. Minha mãe me dizia "Júnior, estude pra você conseguir ser alguém na vida, não mais um favelado." E obedeci minha saudosa mãezinha. Estudei Direito, Filosofia e cheguei a ser o melhor no que eu sabia fazer, mas as escolhas que fiz... Mas nem assim consegui me desenraizar deste solo aonde fui plantado pela pesada mão do destino

Continua.... (esperando contribuições)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

OBRA POR ACABAR

“Às vezes eu queria ser pobre um dia. Porque ser pobre todo dia é foda!

Não ligue se pareço grosseiro. Mas, de uns tempos para cá, nesses lados dos trópicos, na minha casa, as coisas costumeiras que antes me tiravam da merda, já não tiram mais.”


Mas por que estou escrevendo tudo isso? Se você reparar um pouquinho mais, vai notar que os dois primeiros parágrafos estão entre aspas. Isso significa duas coisas: ou estou fazendo uma citação, ou aquilo está sendo deslocado de um outro texto, ou seja, uma história.

Por isso, quero iniciar uma nova forma de postar as coisas. Afinal, quero fazer desse blog deserto, alguma coisa diferente. Um capítulo novo a cada dia. Como? O início da história está aí: não existem personagens, ou seus nomes, ou o lugar, ou o dia, nada.

Minha proposta é: quem quiser, através dos comentários, inicia um novo parágrafo e eu vou dando continuidade à história até alguém postar uma nova sugestão.

Isso não é nada novo, é uma espécie de “Você Decide” que eu quero fazer. Até mesmo para testar a minha e a sua criatividade.

Topas?... Mãos à obra!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Programa do dia 30/04

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Memória para quê?

Na categoria de Historiador, ainda consigo ficar surpreso em ver como as coisas se repetem e as pessoas nunca conseguem, mesmo, olhar para os erros do passado, aprender alguma coisa com eles e tentar consertar o resto do presente.

Lendo sobre os recentes escândalos que cercam o Congresso Nacional, é possível ver que é quase uma verdade incontestável: o brasileiro tem mesmo uma memória muito curta. Infelizmente, quando falo brasileiro, me incluo nesse todo, porque sou brasileiro, mas não com a memória curta.

Para citar um exemplo muito simples ou muito recente, as pessoas se esqueceram do que um dia ficou conhecido como “Escândalo do Mensalão”. Uma bananada e uma paçoca para quem lembrar como funcionava o esquema.

Dito isso, acredito que as pessoas deveriam, no mínimo, averiguar se seus representantes, aqueles em quem votamos, estavam envolvidos no processo. E deste feita, tentar barrar que os mesmos canalhas envolvidos, voltassem para legislar. Mas não foi o que aconteceu.

Parece que no Brasil as pessoas pensam com o estômago, ou o bolso. De uma forma ou de outra, ignora-se, escancaradamente, a realidade, os fatos e as circunstâncias. Como vivemos num lugar onde uma boa parte da população vive abaixo da linha da pobreza, qualquer miserável que lhe dê uma nota de cinqüenta Reais, ou lhe garanta alguma coisa para não morrer de fome naquela semana, torna-se, obviamente, um salvador. Isso sem falar na tal da “Bolsa” que o Governo Federal distribui.

Afortunadamente, eu não tenho essa necessidade e tenho privilégio de ter em casa, assinatura de jornal e revistas que me informam o que rola de podre no reino da Dinamarca. E justamente por isso, me sinto, sempre, na obrigação de informar, da forma como sei fazer, quem não tem a mesma oportunidade que eu, ou o mesmo conhecimento das coisas.

No entanto, como eu sempre digo, a ignorância e a burrice, serão as coisas que sobrarão nesse mundo no caso de qualquer hecatombe acontecer. Basta ler Ensaio sobre a Cegueira do glorioso José Saramago, para entender um pouco. bastou as pessoas perderem sua visão e não conseguirem encontrar uma saída para seu problema e muitos retornaram aos tempos primitivos de bestialidade.

Por essa e por tantas outras, precisamos mesmo constituir uma rede social que realmente preste para alguma coisa. Não falo nem de Orkut, nem de Twitter. Essas coisas servem apenas para proliferar as inutilidades que antes a gente guardava para si e não tinha coragem de confessar. Ou então para falar diretamente com as pessoas.

O que eu quero é que, pelo menos as pessoas razoáveis, tenham a inteligência de compartilhar informações que possam ajudar a mudar, mesmo que minimamente, alguma coisa. Divulgar notícias de deputados ou vereadores ou qualquer aproveitador com a alcunha de político, que possa estar prejudicando a população. Se isso não for possível, pelo menos fiscalize o que seu representante – seja na Câmara Municipal, na Federal ou no Senado – está fazendo. Como? www.camara.gov.br . Isso para os deputados federais, que estão longe de qualquer controle para quem mora longe de Brasília. No caso de vereadores, o Google existe para muito mais coisas do que você imagina. Com um detalhe: seu buscador possui um dispositivo que filtra os sites que você procura e quando você coloca um assunto que ele já percebeu que é recorrente nas suas buscas, ele lista primeiros os sites de maior relevância. Então, tá na hora de você mudar, até mesmo a sua forma de fazer pesquisa na Internet.

Bem, só consigo vir até aqui, senão encho demais!

Até a próxima,

Bruno Daesse.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Programa velho novo

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Caros Amigos

Sejam bem vindos!

Durante muito tempo fiquei vagando por aí, dando importância e valor às pessoas erradas. Minhas idéias ficaram perdidas pelo hiperespaço da internet sem o valor devido que dou a elas!

Portanto, chegou a hora de todas elas ficarem no seu devido lugar, O LUGAR QUE EU ESCOLHI PARA FICAR!

Sendo assim, aqui você encontra algumas coisas que eu já deixei por aí. Com o tempo, vou atualizando todas. Por enquanto, abaixo de algumas postagens de texto que foram escritos para outro blog, também estão alguns dos programas de rádio que fiz para outros Pod Cast.

Não quero mais me alongar. Quero que todos que aqui estiverem e visitarem, aproveitem bastante e, se quiserem, deixem suas opiniões. Já que estou na chuva, vou me molhar mesmo! (Até porque, banho de chuva é uma delícia!). Já que jogo tanta pedra, estou disposto a virar vidraça!

Sem mais delongas, sejam bem vindos ao BARULHO DO DAESSE!

Bruno Daesse entrevista Chico alencar


Confesso: depois de mais de uma hora e meia de conversa franca, quase sem compromisso, descontraída e muito instrutiva, fica a pergunta: porque muitos candidatos não são como o Chico Alencar? Antes que as pedras voem, deixa-me explicar. Acho que já deixei claro que não estou aqui para defender ninguém, nem puxar o saco. Mas quando a hipocrisia, a demagogia e o “bom-mocismo”, característicos de políticos em época de eleição, não ficam latentes – ou pelo menos este colunista não percebe – é muito bom conversar com esses caras.
Chico Alencar recebeu-me com mais outros sete jornalistas, para o que sua assessoria chamou de “entrevista coletiva com as mídias alternativas, sindicais, nanicas, sites e blogs”. Ora bolas, “mídias nanicas”?! Quem quisesse poderia até ficar chateado, mas não deu. Principalmente porque nesta terça(09/09), Chico acabara de ter duas horas de sabatina com o pessoal do jornal O Globo. E mesmo assim nos recebeu muito bem. Eu sei, eu sei, isso faz parte da política, mas e daí? E se ele, por causa do compromisso com o Globo, tivesse me dispensado? Eu ficaria na mesma situação que o Sr. Eduardo Paes me deixou: na mão, sem a entrevista que prometi para o Blog.
Mas vamos deixar de papo e vamos para entrevista.

BRUNO DAESSE - Você acha que existe um certo conservadorismo do eleitorado carioca, em relação aos partidos de esquerda?

CHICO ALENCAR – Veja você, hoje em dia, por causa das pessoas em torno do presidente Lula, o Paulo Maluf chegou a dizer que se considera comunista (risos). Em virtude disso, digo que há algo errado com a esquerda no Brasil. Na verdade, há “esquerdas”. O Rio de Janeiro é reflexo desse processo iniciado com a eleição do Lula em 2002, em que fez diversas alianças de centro-direita, com empresários e banqueiros. A Sra. Jandira Feghali levanta agora, a questão do “voto útil”. Mas voto útil contra quem? Contra seus aliados? Ela tem que conversar com o Eduardo Paes do PMDB, aliado do PC do B no Governo Federal. Tem que conversar com o PRB, também sócio do Gov. Federal, do vice presidente e do Sen. Crivella, que o próprio Lula chama de amigo.

BD – E qual seria sua posição já que seu partido, o PSOL é opositor do Governo Lula, num momento em que se prega a união de Prefeitura, Estado e Governo Federal?

CA – Em primeiro lugar, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, é um cargo institucional da República Federativa do Brasil. Não é um quartel onde o coronel manda no tenente e o tenente manda no cabo. O presidente não manda no governador, que não manda no prefeito. Veja minha oposição como uma vantagem, porque assim se tem uma relação aberta sem troca de favores e acertos políticos. Coloca-se o interesse público em 1º. Lugar.
Mesmo sendo de um partido de oposição. Não faço oposição como DEM e PSDB fazem, de forma ultra conservadora e à direita. Isto vale para o Governador Cabral, quanto para o presidente, que quero que sinta saudades de uma política que existia no PT “pré-delubiano”. Sem contar que tudo isso vai ser mais barato aos cofres públicos.

BD – O Sr. Fala em “racionalizar” a máquina administrativa. De que forma pretende agir diferenciadamente?

CA – Farei uma prefeitura de “Reencantamento” da cidadania e da mobilização popular (Chico usa várias vezes esse termo). Menos preocupado com a institucionalidade, com os dutos jurídicos. Vamos nos preocupar em chamar a população para os “Conselhos Populares” nos bairros, através das associações de moradores, para elaborar o plano diretor da cidade, que já caducou desde 2002. Para junto, da população, culminar essas diversas ações para o “Congresso da cidade”.

BD – Qual a sua opinião sobre o voto obrigatório?

CA – Primeiro de tudo, o voto voluntário precisa ser discutido no âmbito da reforma política. Nosso atual sistema eleitoral impede que as maiorias sociais se tornem maiorias políticas. No entanto, a soberania popular pode pregar sustos àqueles que acham que, por possuírem o poder público e econômico, e se associam às grandes mídias aos outros grandes grupos, achando que podem garantir uma polarização de interesses do sistema.
Já fui a favor do voto voluntário, mas certa vez, conversando com meu saudoso Saturnino Braga, ele me dizia que o voto não é só um direito, também é um dever. Porque o sujeito também está na vida social e deve participar. Será que quem defende o voto voluntário está consciente de que não poderá reclamar da lâmpada que está faltando no poste? Não fazer nenhuma cobrança ao poder instituído? Que bem ou mal, esse poder é constituído através do voto! Eu achava que a não obrigatoriedade do voto acabaria com os currais eleitorais. Mas aí, surge o sujeito que vai comprar a participação do eleitor na eleição. Eu me confesso em dúvida. Mas é um bom debate.

BD – Hoje configura-se uma “guerra” entre as duas principais emissoras de televisão para eleger seus candidatos. O que o senhor acha disso?

CA – Obviamente existe uma disputa comercial em torno da comunicação, que atinge a política. Hoje (terça-feira)estive no Globo, sabatinado durante 2 horas, com uma superestrutura por trás do jornal, e as perguntas feitas pelos jornalistas de lá, foram totalmente diferentes das de vocês. O debate girou em torno das minhas idéias sobre determinados assuntos, não sobre minhas propostas. Acredito em financiamento público de campanha e em comunicação pública. Óbvio que nessa disputa fico numa situação de tensão. O jornal O Globo possui uma visão conservadora sobre o meu plano de governo, que me deixa preocupado com o que vai sair amanhã (quarta-feira). (risos)

BD – E sobre a controvérsia dos “caveirões”?

CA – O jornal O Globo publicou uma matéria na sexta-feira (06/09) dizendo que eu prometo o que não posso cumprir. Não é verdade! Eu realmente não posso dizer que o caveirão não pode entrar na favela. O que eu quero é ter voz ativa contra essa política genocida do Governo do estado.

BD – No seu programa de governo, você quer regularizar a situação dos camelôs. Criando novos espaços. Como pretende fazer isso?

CA – ninguém é camelô porque quer. Quero realizar um diálogo e um levantamento, porque, muitas vezes, eles são mão-de-obra explorada por um grupo de mafiosos de produtos roubados / falsificados. Não é beneficiar com a legalidade, qualquer um. Quero saber quem é quem. Mas também não acho legal não ter calçada para andar, interferindo no direito de ir e vir de todos.

BD – Percebe-se cada vez mais a presença de indivíduos ligados a grupos criminosos dentro de partidos políticos. É possível pensar que os partidos se aproximam desses elementos numa falsa proposta de levar o poder público aonde ele não chega?

CA – Desde que o poder público se instituiu no Brasil colônia, com a formação das Câmaras dos Homens Bons, quem eram esses homens bons? O latifundiário, escravocrata, dono de gado e de gente. Na Ditadura Militar, o poder estava baseado no crime, no crime oficial, na tortura e na repressão. O clientelismo é uma forma antiga do processo político. Só que hoje o quadro é muito pior, pois está ligado a corrupção de várias formas, inclusive a institucional. Por isso, por mais que o Jorge Babu esteja ligado à facções criminosas, para o partido dele, o PT, ele representa, pelo menos, de 15 a 20 mil votos para os quadros do partido. A fronteira entre a ética e o banditismo, é extremamente tênue.

BD – Uma mensagem final?

CA – Achei muito boa a coincidência do dia de hoje: ser entrevistado por uma grande organização de comunicação, e por vocês, que representam um conjunto de iniciativas, que fazem um contraponto aos poderosos. Boa sorte. Parabéns pelo trabalho.

Onde está o perigo?

Soberania, s.f. Qualidade ou estado do que é soberano; autoridade de soberano; poder supremo; conjunto de poderes de uma nação politicamente organizada; autoridade moral; (Fig.); Excelência; primazia; altivez; Soberania do povo ou soberania popular: doutrina política, que atribui ao povo ou à nação o poder soberanos.

Começo esta semana num estado de revolta. Deixei de ser revoltado desde os 20 anos, mas ainda consigo sentir o sangue ferver quando vejo notícias como a do jornal O Globo de 16/08: “Lula descarta policial inglês em aeroporto”. Em uma olhada superficial, pode parecer qualquer notícia sobre um gesto tresloucado do presidente com nome de molusco. Mas não é. Na verdade, trata-se de mais um ato do governo inglês sobre a soberania brasileira. Eu explico.

O governo da Inglaterra enviou notificação ao Brasil propondo a presença de um oficial do governo britânico para fiscalizar a entrada de brasileiros naquele país. Segundo a proposta, o oficial não teria autoridade nenhuma, ajudaria na prevenção de fraudes e serviria como forma de a Inglaterra não exigir o visto de entrada para brasileiros. A proposta alega ainda que, esse profissional teria como objetivo “avaliar as medidas cabíveis para reduzir os riscos potenciais oferecidos pelos nacionais desse país ao Reino Unido”.

Ou seja, se você é um habitante da América do Sul (pois a medida também foi expedida para Bolívia, Colômbia, Trinidad e Tobago e Venezuela) ou do continente africano (Botswana, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Suazilândia), você representa perigo para os ingleses.

Mas como já disse, não consigo me furtar ao meu papel de Historiador. Portanto, vamos a algumas verdades históricas para que o justo e o correto sejam ditos e você tire suas próprias conclusões.

De trás pra frente. Você pode até reclamar da violência dos policiais cariocas, da política do “atira primeiro, pergunta depois”. Mas um dos últimos incidentes desse tipo, não foi registrado aqui no Brasil. Alguém se lembra do nome Jean Charles de Menezes? Este filho da terra brasilis, trabalhava em Londres e um dia, foi confundido com um terrorista e assassinado a sangue frio em uma estação de metrô de Londres. As reparações materiais para a família, não foram grandes. E as reparações morais não passaram de um pedido de desculpas da Scotaland Yard. Até onde sei, dinheiro e desculpas não trazem um filho ou parente de volta à vida.

Recuando mais no tempo, sabemos todos que um dia fomos colônia de Portugal. Muitos “gajos” não gostam das piadinhas que fazemos sobre sua “capacidade intelectual”. Mas é histórico a quantidade de tratados comerciais entre lusos e anglo-saxões. Um dos mais famosos, o Tratado de Methuen, foi assinado em 1703 – quando o Brasil começava a oferecer à sua metrópole as reservas de ouro encontradas em Minas Gerais. Pelo Tratado, Portugal conseguia baixas tarifas inglesas sobre a importação de seus produtos – bacalhau e vinhos. Os ingleses conseguiam baixas tarifas portuguesas sobre a importação de seus tecidos. Até aí nada demais. No entanto, como a febre do ouro iludiu os governantes portugueses, o bacalhau e o vinho importado pelos ingleses era em menor quantidade que os tecidos que os “gajos” precisavam comprar para vestir os escravos. Sim, porque quem possuía grana não comprava a chita bruta do ingleses para se vestir – comprava suas roupas na França. Resultado: os portugueses pagavam o que consumiam com ouro, não com papel moeda. E com isso, a Inglaterra pôde criar uma reserva de capital primitivo para desenvolver sua indústria e tornar-se a alavanca do capitalismo mundial.

Sem contar a tal falada nesses últimos tempos, Abertura dos portos do Brasil às nações amigas, praticada por D. João VI em 1808, quando de sua transferência de Portugal para o Brasil para fugir de Napoleão Bonaparte. Por “nações amigas”, entenda-se a Inglaterra, que conseguiu um taxa ad valorem de 15% sobre a importação de seus produtos. Enquanto que Portugal só conseguiu taxa semelhante depois de alguns anos. Na prática, significava que era mais barato comprar produtos ingleses, do que produtos de Portugal ou de qualquer outro país. A longo prazo, não foi possível para indústria brasileira se desenvolver tendo como concorrência a excelência de produtos que eram de melhor qualidade e com melhor preço de mercado.

Bem, os exemplos são inúmeros, mas eu não vou evocá-los todos porque o espaço é pequeno. Mas quero, com esse artigo, alertar para os perigos de perdermos nossa soberania. Sim, a definição do dicionário que eu coloquei acima não foi à toa. A tal da globalização nos influencia a consumir e a encontrar exemplos e políticas e ídolos, fora das nossas fronteiras. Pelo que já declarou o governo brasileiro, essa medida não será adota e bato palmas. Inclusive porque disse que o preceito da reciprocidade será aplicado nesse caso. Ou seja, ingleses também deverão ter visto de entrada para estar no Brasil.

Se europeus e norte americanos estadunidenses temem que outros povos os ataquem ou causem algum mal, que pelo menos apliquem políticas mundiais igualitárias; que perdoem as dívidas dos países mais pobres; que não exerçam pressões comerciais e derrubem seus subsídios agrícolas; e, principalmente, que não invistam em ataques e invasões a nações que, de maneira correta ou não, conseguiram sua soberania, seu direito de auto-determinação para dirigir suas políticas da maneira que as aprouver.

Não cabe a ninguém e a nenhum país, o direito de ser árbitro, nem julgar o país alheio.

Bruno Daesse
Bruno.daesse@yahoo.com